sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Kuksa do cerrado!


Há três anos comecei a tentar fazer kuksas! E de lá pra cá, quando tinha tempo me dedicava a esse artesanato viciante. Tentei várias vezes usando apenas o cedro com matéria prima. Foi então que há cerca de um ano ganhei uma faca recurva de presente. Dai em diante percebi que os entalhes começaram a tomar uma forma mais bonita. Entretanto, foi a partir desse ano que conversando com amigos e pessoas mais velhas da minha região eu obtive uma informação que modificou o rumo da forma como fazia os entalhes e que realmente me agradou.
Essa conversa me levou a conhecer uma madeira que é mais prática de se entalhar. No cerrado, as madeiras mais macias são provenientes de várzeas e brejos. Uma delas é a mamica de porca (Zanthoxylum rhoifolium). Árvore extremamente comum por aqui, no centro oeste mineiro. No passado a madeira desta árvore era utilizada para diversos fins, como a construção de cochos para o gado e gamelas. Devido a um fator importante: ela não racha e você pode literalmente encontrar o “desenho do entalhe” quando está trabalhando em alguma peça.
Ainda tenho um extenso caminho de aprendizado, porém com esse tipo de madeira sei que é possível criar não somente as kuksas, mas também gamelas, colheres e  vários utensílios de madeira.  A lição que eu aprendo fazendo essas atividades? Persistir para atingir aquilo que almeja! 
Eis minha primeira kuksa feita de mamica de porca: